Você já imaginou tratar a veia doente sem cortes grandes, sem internação e voltando à rotina em poucos dias?
Pois é exatamente isso que a termoablação faz. Esse nome pode soar técnico, mas significa apenas usar calor controlado, aplicado por dentro da veia, para fechá-la de forma definitiva.
Em vez de “arrancar” a veia safena doente, nós a tratamos por dentro: um cateter delicado libera calor na medida certa, fazendo com que a veia se feche e seja absorvida pelo corpo com o tempo. É como desligar uma torneira que está vazando, ao fechar a veia que causa o problema, o sangue volta a seguir caminhos saudáveis e os sintomas melhoram.
Na prática, o procedimento é rápido e bem planejado. Primeiro, mapeamos as veias com ultrassom para entender por onde o sangue está “voltando” de forma errada. No dia do tratamento, uma agulha fininha dá acesso à veia, geralmente perto do joelho. O cateter é posicionado dentro dela e a radiofrequência libera um calor suave e preciso, “colando” as paredes por onde passa. Tudo acontece com anestesia local e uma pequena sedação, sem cortes grandes, sem pontos e sem necessidade de internação prolongada.
Os benefícios aparecem logo: a sensação de peso diminui, o inchaço reduz, as cãibras noturnas e o cansaço nas pernas tendem a melhorar. A maioria dos pacientes caminha no mesmo dia, usa meia elástica por um período curto e retoma atividades leves em pouco tempo. Podem surgir roxinhos e uma sensibilidade passageira na região, que costumam ceder com medidas simples. Além disso, o resultado estético também agrada, já que evitamos cicatrizes extensas.
Outro ponto importante: a radiofrequência trata a “veia-mãe” do problema (muitas vezes a safena). Já os vasinhos mais finos e veias tortuosas na pele podem precisar de complementos, como microretiradas ou aplicações (escleroterapia). É como arrumar a tubulação principal e depois ajustar os caninhos menores. Tudo é decidido de forma individual, após avaliação cuidadosa.
“Doutor, dá para fazer no verão?” Sim. A termoablação por “radiofrequência ou laser endovenoso” pode ser feita o ano todo. No calor, pedimos atenção redobrada ao uso da meia elástica e à hidratação. No inverno, o conforto da meia costuma ser maior, mas isso não limita as épocas do tratamento. O mais importante é corrigir a causa do desconforto e prevenir a evolução das varizes, que podem piorar com o tempo.
E quanto à segurança? Complicações são pouco comuns quando o procedimento é bem indicado e realizado por equipe experiente. Orientamos caminhar desde cedo, evitar longos períodos parado, beber água e seguir as recomendações de uso da meia. Sinais como dor intensa fora do normal, aumento súbito de inchaço ou falta de ar devem ser avaliados prontamente.
Vale lembrar: termoablação é o nome da técnica que usa calor para tratar a veia. Esse calor pode ser gerado por radiofrequência (como neste caso) ou por laser. Ambas são opções modernas, eficazes e minimamente invasivas. A escolha entre radiofrequência, laser, espuma ou cirurgia clássica depende sempre do seu exame de ultrassom e do seu perfil clínico.
Se suas pernas têm pesado no fim do dia, se o inchaço não melhora, se os vasinhos estão aumentando ou se já houve episódios de dor e inflamação nas veias, vale investigar. Cuidar das varizes não é apenas questão de estética, é saúde, conforto e prevenção.
Quer entender se a termoablação por radiofrequência é para você? Agende sua consulta com o Dr. André Capaverde.